Os 100 'melhores' álbuns da história
Estou fazendo um re-review da lista dos 100 melhores álbuns da história, de acordo com a Apple Music. Para animar mais ainda uma das minhas metas definidas no plano para mudar de vida em 127 dias, estou ouvindo um álbum da lista por dia enquanto me exercito. A partir da data deste post, vou deixar a minha impressão sobre cada um em um parágrafo abaixo.
Body Talk, Robyn (2010) - ●●●●○○○○○○
Álbum ruim, assim, sem mais. Consegui reconhecer a sonoridade eletrônica em todas as músicas, mesmo sem ter ouvido nenhuma delas antes. Não me dei ao trabalho de verificar se a produção é original e inspirou a cena EDM que veio depois, ou se foi o contrário. São 19 faixas de música eletrônica mainstream, sem um único momento de alívio. Além disso, os vocais arrastam-se tanto que estragam pelo menos metade do álbum, que eu até consideraria bom se fosse 100% instrumental.
Destaques: Love Kills.
Hotel California, Eagles (1976) - ●●●●●●●●○○
As letras dramáticas, embaladas pela guitarra primorosa de Joe Walsh e pelo vocal agudo de Don Henley, traduzem a dicotomia da vida de um rockstar nos anos 70. O disco intercala faixas agitadas, que evocam sucesso, poder e conflito, com canções lentas, repletas de derrota amorosa, depressão e mais conflito. O saldo final culmina num épico que traz o paradoxo da vida em estrelato apresentado para o próprio american dream, fechando esta excelente obra no mesmo tom desesperançoso com que ela se inicia.
Destaques: Hotel California, Victm of Love, The Last Resort.
ASTROWORLD, Travis Scott (2018) - ●●●●●●○○○○
O álbum funciona como uma galeria onde seu curador, Travis Scott, expõe várias ideias no melhor estilo Kanye West. Com músicas repletas de participações especiais, o rapper também abusa de distorções, delays, sintetizadores, sobreposição de vozes e outros efeitos para experimentar, atingindo uma estética psicodélica que remete à obra de Kid Cudi. Embora muito bem produzido, o produto final se arrasta, mostrando que suas ideias, mesmo as mais ousadas, nem sempre são tão boas.
Destaques: STOP TRYING TO BE GOD, ASTROTHUNDER.
Rage Against The Machine, Rage Against The Machine (1992) - ●●●●●●●●○○
A escolha de um título homônimo foi perfeita. A repetição, que muitas vezes denuncia falta de criatividade, aqui funciona como um recurso que transforma os refrões em gritos de protesto. Com um vocal cru e agressivo, Zack de la Rocha, acompanhado dos riffs percursivos de Tom Morello, denuncia de forma direta as injustiças políticas e sociais do capitalismo americano. Ao escutar qualquer uma das músicas do álbum o ouvinte se sentirá tomado por uma sanha revolucionária, disposto a incendiar carros e pegar em armas para luta inadiável contra o sistema. Uma obra de dar raiva.
Destaques: Killing In The Name, Freedom.
Pure Heroine, Lorde (2013) - ●●●●●●●○○○
Lorde caminhou para que Billie Eilish e Olivia Rodrigo pudessem correr. Com seu primeiro álbum, a cantora neozelandesa abalou o mercado teen pop, dominado por produções higienizadas e excessivamente positivas. Suas letras trouxeram os questionamentos que emergiam dos adolescentes, que cresciam em um ambiente cada vez mais ansioso e incompreensível. A composição desse argumento, com uma batida eletrônica cheia de vazios, dá destaque à sua voz, criando uma atmosfera anestesiante. É excelente para ouvir dirigindo de madrugada pela cidade.
Destaques: Buzzcut Season, White Teeth Teens.
Confessions, USHER (2004) - ●●●○○○○○○○
Quando muito, nada interessante. Alguns hits reconhecíveis marcaram época por razões que, confesso, me escapam por completo.
Destaques: My Boo.